quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Depressão pós-parto masculina


Eu goste muito desse texto, foi escrito pela Maria Elisangela,
que me autorizou publicar aqui.


Hoje é bastante conhecido o risco de depressão pós-parto feminina e suas implicações para a saúde da mãe e desenvolvimento saudável do bebê, mas ultimamente também estamos ouvindo falar de depressão pós-parto masculina, é possível o homem entrar em depressão após o nascimento do filho? E porque isso acontece?
Sim, é possível e a incidência é mais alta do que se imagina, estudos mostram que o índice varia de 10% a 20% nos homens, sendo que há um ápice entre o 3º. e 6º. mês após a chegada do bebê.
Embora a gestação aconteça no corpo da mulher, muitos homens vivenciam este período de uma forma bastante intensa, ficam “grávidos” e se deparam com os mais variados sentimentos, e no pós-parto não é diferente, o homem agora precisa se haver com suas expectativas, novas responsabilidades e sua própria história e afetos envolvidos com seus pais o que o remete a vivências de sua infância e modelos construídos.

Além dos sintomas habituais de uma depressão comum como tristeza profunda, culpa, fadiga, desesperança, falta de interesse em atividades antes prazerosas, irritabilidade, mudanças bruscas de humor, pensamentos mórbidos ou suicidas, entre outros, também há a mudança de comportamento que poderá passar desapercebida como dedicação excessiva ao trabalho e/ou a outras atividades (motivado de forma inconsciente a afastar-se da vida doméstica) , aumento na ingestão de bebidas alcoólicas ou automedicação excessiva, ferir-se ou sofrer acidentes com frequência e apresentar atitudes descontroladas, hostis e agressivas.

A DPP Masculina traz grandes prejuízos para a dinâmica familiar, no relacionamento do casal e consequências sobre o comportamento e desenvolvimento emocional do bebê.

Se houver uma suspeita de DPP Masculina, é importante que a busca por tratamento aconteça o mais rápido possível, a indicação para estes casos é o tratamento psicológico e psiquiátrico.
Possivelmente, por motivações culturais, todo o cuidado durante a gestação e pós-parto giram em torno da mãe e do bebê, deixando o pai à parte neste processo e lidando sozinho com seus sofrimentos e angustias. O desenvolvimento dos papéis da maternidade e paternidade exigem um investimento psíquico importante para ambos, e o olhar dos profissionais de saúde deve se ampliar para a família, acreditando que a chegada de um bebê traz muitas alegrias mas que as dificuldades existem e devem ser consideradas


Obrigada Maria Elisangela

Fonte

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